Formação

A formação é, evidentemente, um sector muito importante para toda a Ordem, porque garante que o nosso futuro seja significativo e que os nossos jovens estejam seguros nos valore fundamentais nos que convergem todos os Carmelitas de qualquer país, cultura ou ambiente. Além disso, o crescimento contínuo de cada Carmelita nos vários aspectos da vida e a existência de comunidades sadias e relevantes depende, em grande medida, da formação permanente.

RIVC

A tarefa principal da Comissão Internacional para a Formação, constituída depois do Capítulo Geral de 1995, foi a de rever a Ratio Institutionis Vitæ Carmelitanæ (RIVC), que é o documento básico para a formação na Ordem. A primeira RIVC, publicada em 1988, foi um documento óptimo que constituiu um marco na compreensão do nosso carisma. No entanto, a publicação das novas Constituições da Ordem (1995) e de alguns documentos importantes da Igreja sobre a vida religiosa tornaram necessária a revisão da nossa RIVC.

A Comissão Internacional para a Formação tentou comprometer todos os formadores na revisão da RIVC. A comissão avaliou todas as sugestões e elaborou um novo texto, que foi aprovado pelo Prior Geral com o seu Conselho em 25 de Março de 2000.

O documento abre com uma citação do documento final do Capítulo Geral de 1995, que ilustra o conceito de caminho na nossa tradição. Esta citação serve como chave de leitura da nova RIVC, que apresenta a formação como um processo dinâmico que dura toda a vida.

A primeira parte, “O processo de formação”, contém três capítulos. O primeiro, “Chamados ao seguimento de Cristo”, contém os princípios teológicos e pedagógicos que devem servir de base à nossa formação. O segundo capítulo, “Chamados à vida carmelita”, apresenta o carisma da Ordem. A contemplação é o coração do carisma carmelita, isto é, o elemento dinâmico que une todos os elementos do nosso carisma (N.º 23). A contemplação é entendida como “um caminho interior que nos conduz da periferia dispersante da vida à cela mais interior do nosso ser, onde Deus mora e nos une a Si” (N.º 24). A contemplação “plasma e sustenta a nossa vida de oração, de fraternidade e de serviço” (N.º 4). A RIVC realça a união destes três elementos com a dimensão contemplativa. O terceiro capítulo da primeira parte fala dos “Actores e mediadores da formação”. A formação é fundamentalmente obra de Deus e da pessoa que responde ao seu chamamento. Mas, nesta obra, Deus serve-se de vários mediadores.

A segunda parte é dedicada às várias etapas do processo de formação: o ministério vocacional, o pré-noviciado, o noviciado, o período da profissão temporal, a formação para o serviço e a formação permanente. Capítulo depois de capítulo, o documento descreve o objectivo de cada etapa, os responsáveis, a estrutura e os conteúdos e oferece critérios para o discernimento.

A terceira parte, “Programa de estudos carmelitas”, é a nossa primeira tentativa de elaborar uma Ratiio Studiorum Carmelitarum. A sua finalidade é garantir que todos os Carmelitas na formação inicial, em qualquer parte da Ordem, recebam os elementos básicos de uma boa formação carmelita. Naturalmente, cada província deverá adaptar o programa à sua situação concreta, reforçando alguns aspectos e acrescentando outros. 

Caminhos Carmelitas

  • Perseverar na oração
    Embora Deus não atenda logo a sua necessidade ou pedido, nem por isso, (…) deixará de a socorrer no tempo oportuno, se não desanimar nem de pedir. São João da Cruz  
  • Correção fraterna
    Hoje o Evangelho fala-nos da correção fraterna (cf. Mt 18, 15-20), que é uma das expressões mais elevadas do amor, mas também uma das mais difíceis, porque não é fácil corrigir os outros.  Quando um...
  • O sacerdote
    Sou filha da Igreja. Oh! Quanto alegria me dão as orações do sacerdote! No sacerdote não vejo senão Deus. Não procuro a ciência do sacerdote, mas a virtude de Deus nele. Santa Maria de Jesus...
  • Onde estão dois ou três reunidos em meu nome, eu estou no meio deles
    Esta presença viva e real de Jesus é a que deve animar, guiar e sustentar as pequenas comunidades dos seus seguidores. É Jesus quem há-de alentar a sua oração, as suas celebrações, projectos e...
  • “Negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”
    «Negar-se a si mesmo» não significa de modo algum mortificar-se, castigar-se a si mesmo e, menos ainda, anular-se ou autodestruir-se. «Negar-se a si mesmo» é não viver pendente de si mesmo,...
  • A cruz de Jesus
    Se queremos esclarecer qual deve ser a atitude cristã, temos que entender bem em que consiste a cruz para o cristão, porque pode acontecer que a coloquemos onde Jesus nunca a colocou. Chamamos...

Santos Carmelitas