Festa da Sagrada Família - Ano B - 2023

 

Acolhimento. Sinal da cruz. Oração inicial. Invocação do Espírito Santo:

A. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis
T. E acendei neles o fogo do vosso amor.
A. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado

A. Oremos. Senhor, nosso Deus, que iluminastes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, tornai-nos dóceis às suas inspirações, para apreciarmos retamente todas as coisas e gozarmos sempre da sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor. T. Amen.

1) LEITURA (Que diz o texto? Que verdade eterna, que convite/promessa de Deus traz?)

Leitura do Evangelho segundo S. Lucas (2,22-40)

2,22Ao cumprirem-se os dias da purificação deles segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor, 23como está escrito na Lei do Senhor: Todo o primogénito do sexo masculino será consagrado ao Senhor, 24e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor. 25Havia em Jerusalém um homem, cujo nome era Simeão; homem justo e piedoso que esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava com ele. 26Fora-lhe avisado pelo Espírito Santo que não veria a morte antes de ver o Cristo do Senhor. 27E veio ao Templo, movido pelo Espírito. Quando os pais trouxeram o Menino Jesus para fazerem com Ele segundo o costume da Lei no que lhe dizia respeito, 28recebeu-o nos braços, bendisse a Deus e disse: 29«Agora, Senhor, podes deixar partir o teu servo em paz, segundo a tua palavra 30porque os meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para se revelar às nações e glória do teu povo, Israel». 33O seu pai e a mãe estavam admirados com as coisas que se dizem acerca dele. 34Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: «Eis que Ele é posto para a queda e a ressurreição de muitos em Israel e para ser um sinal de contradição; 35e uma espada traspassará a tua alma, para que se revelem os pensamentos de muitos corações». 36Havia também uma profetiza, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada, tendo vivido com o marido sete anos desde a sua virgindade 37e viúva até aos oitenta e quatro anos. Não se afastava do Templo, prestando culto a Deus noite e dia, com jejuns e orações. 38Tendo ela chegado naquela hora, agradecia a Deus e falava acerca dele a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. 39Quando cumpriram tudo segundo a Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré. 40Entretanto, o Menino crescia e fortalecia-se, enchendo-se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele.

Ler a primeira vez… Em silêncio, deixar a Palavra ecoar no coração… Observações:

O texto de hoje, exclusivo de Lucas, é o penúltimo episódio das “narrativas da infância de Jesus”, onde o evangelista apresenta Jesus a percorrer as diversas etapas da sua infância à luz da Lei judaica.

v. 22. “Ao cumprirem-se os dias”. “A lei de Moisés” (Lv 12,1-8) prescrevia que uma mãe (não o filho) se devia “apresentar” (ou seja, subir ao Templo, à presença de Deus: cf. 1,19; Nm 16,9; Dt 21,5 Jdt 11,13), no 40º dia do nascimento do seu filho, para se “purificar” do contacto com o sangue no parto, oferecendo um sacrifício (v. 24). É o que agora acontece. Entretanto, Lucas vê neste gesto o cumprimento das 70 semanas (70x7=490 dias) da profecia de Daniel (9,24-27): seis meses (6x30=180 dias) da gravidez de Isabel (1,36); nove meses (9x30=270 dias) da gravidez de Maria (2,6) e 40 dias da purificação dela (180+270+40) dão 490 dias.

 “Jerusalém”: o evangelista usa a forma grega Hierosolyma (13,22; 19,28; 23,7; At, 25x), provavelmente para ligar a etimologia de “Hierosalem” (hieros, “santa ”+ Salem “paz”: vv. 25.38.41.43.45; Hb 7,2), a hieros, “santa”, (kat)alyma, “sala de hóspedes” (2,7; o cenáculo: 22,11).

v. 23: Além da purificação da mãe, a Lei prescrevia que todo o primogénito do sexo masculino “que rasga o ventre materno” (nascendo de parto natural) devia ser consagrado ao Senhor (lit. “será chamado santo para o Senhor”: 1,35; Ex 13,2.12.15). Segundo a Lei, as primícias de tudo quanto se tem são do Senhor. Isto aplica-se em especial aos primogénitos do sexo masculino, tanto dos homens, como dos animais. Estes pertencem a Deus e devem ser “resgatados”, ou seja, libertados por meio de um pagamento, em agradecimento por Deus ter poupado os primogénitos de Israel, no Êxodo, na noite de Páscoa, quando feriu de morte os primogénitos dos egípcios, tanto dos homens, como dos animais (Ex 13,15s; 22,28; 34,19).

Desta obrigação está isenta a tribo de Levi (Nm 3,12-13.40ss.45), porque, segundo a tradição judaica, todos os primogénitos de Israel tinham sido escolhidos pelo Criador para o sacerdócio por terem sido poupados na última das dez pragas do Egito. No entanto, quando os israelitas pecaram junto ao Sinai, oferecendo sacrifícios ao bezerro de ouro, só os filhos de Levi se juntaram a Moisés para executar a sentença divina (Ex 32,26-29), passando a ser apenas eles a assumir o sacerdócio. Desde então foi instituído “o resgate do primogénito” (he. pidyon ha-ben: Nm 18,16; gr. lytrôsis, “redenção”: v. 38; 1,68), como forma de resgatar o primogénito da obrigação do sacerdócio. Isto deve-se fazer a partir do 30º dia do nascimento dele (um mês), antes de se completar o segundo mês (Nm 18,16), o mais tardar até aos cinco anos de idade (Lv 27,6). O filho deve ser resgatado pelo seu pai, que se pode dirigir a qualquer sacerdote em qualquer lugar da nação, lhe entrega o filho, diz “Este meu primogénito é o primogénito da sua mãe e o Santificado, bendito seja Ele, ordenou-nos que o resgatássemos”, e lhe paga 5 siclos de prata pura (“segundo o ciclo do Santuário”, 5 x 11,4 g: Nm 3,47; 18,16; Mek Ex 13,2, 22b; Mek Ex 22,29, 103a; SNu 18,15 §118, 38a).

Lucas, avesso ao dinheiro, que gosta de sublinhar a pobreza (6,20; 9,3; 14,13.21; 18,22; At 3,6; 8,20; 20,33), não menciona o pagamento, mas refere aqui o rito e dá-o como realizado (v. 39). Fá-lo, porém, coincidir com a purificação de Maria (cf. v. 22: “a purificação deles”), por razões de ordem prática. Destaca assim a piedade de Maria e de José, que apresentam Jesus a Deus numa cena que evoca 1Sm 1,24-26 (a apresentação de Samuel a Deus, por Ana, no templo de Silo).

v. 24. “A Lei do Senhor” prescrevia, no caso da família ser pobre, que a mulher oferecia em sacrifício pela sua purificação apenas “um par de rolas ou duas pombinhas” (Lv 12,6.8). É o caso da família de Jesus, que faz parte dos “pobres de Israel”, o resto fiel a Deus que obedece de coração, com amor, à sua “Lei” (5x, aqui). Ao mesmo tempo, Lucas mostra que Jesus, desde o princípio, é “o Santo” de Deus (v. 23: “consagrado”; 4,34), como o Anjo anunciara a Maria (1,35), decorrendo toda a sua vida segundo a Palavra de Deus, que nele se realiza.

v. 25. Duas personagens acolhem Jesus no Templo: ambas são idosas, representando o antigo povo de Deus que esperava ansiosamente a restauração do reino de Deus e a libertação (“redenção”) do seu Povo. Bem ao estilo de Lucas, são um par: um homem e uma mulher (4,25-28.31-39; 7,1-17.36-50; 23,55-24,35). Ambos “profetizam”, ou seja, agem e falam em nome de Deus, sob moção do Espírito Santo. Lucas expressa deste modo três temas fundamentais da sua obra: a) ambos, homem e mulher, estão juntos na presença de Deus, sendo iguais em honra e graça, tendo os mesmos dons e responsabilidades (Gn 1,27; Gl 3,28); b) em Jesus inauguram-se os tempos messiânicos, marcados pela efusão do Espírito Santo e a irrupção do dom de profecia (Nm 11,27; Jl 2,28), extinto há mais de 400 anos; 3) só é possível encontrar Jesus e (re)conhecê-lo por ação do Espírito Santo.

A primeira a entrar em cena é Simeão (he. “Deus ouviu”). “Era um homem justo” (1,6.17; 23,50; At 10,22), que fazia de coração a vontade de Deus (Is 51,7); “e piedoso”, que humilde e reverentemente cumpria os preceitos de Deus (At 2,5; 8,2; 22,12); “que esperava” (há longo tempo: Rt 1,13) a “consolação de Israel” (v. 38; Is 40,1; 49,13; 51,12; 52,9; 61,2; 66,13; Jr 31,9; Zc 1,17), vivendo animado pela esperança no cumprimento das promessas de salvação. “E o Espírito Santo estava com ele” (lit. “sobre ele”: 3,22; Nm 11,25.29).

v. 26. “Fora-lhe avisado” (cf. Jr 36,2.4; At 10,20) “pelo Espírito Santo”. “Espírito Santo” aparece aqui pela primeira vez em Lucas com o artigo (10,21; 12,10. 12), o que só ocorre três vezes no AT (Sl 51,13; Is 63,10s). “Que não veria a morte”, ou seja, que não morreria (Sl 89,49; Hb 11,5; Jo 8,51), “sem antes ter visto (9,27) “o Cristo do Senhor” (só em 2,11; 1Sm 24,11).

v. 27. E vai ao Templo “no Espírito”, ou seja, impelido por Ele (1,17; 4,1; 10,21; Mq 3,8; Zc 4,6; 7,12), no momento em que “os pais trouxeram o Menino Jesus para fazerem com Ele segundo o costume da Lei no que lhe dizia respeito”. Cumprem assim não só o que a Lei prescrevia, mas também Ml 3,1: «De repente, virá ao seu Templo o Senhor, a quem buscais, o Anjo da Aliança, a quem desejais». Lucas chama aqui pela primeira vez “pais” a José e Maria porque foi só na circuncisão que José assumiu a paternidade legal sobre Jesus (vv. 21.33; 3,23).

v. 28. Impelido pelo Espírito (cf. At 8,29; 10,19; 11,12; 13,2), Simeão reconhece Jesus e intervém com atos e palavras expressivos. Num gesto de amor, ternura e gratidão, “recebe” o Menino nos braços (cf. Mc 9,36; 10,16) como um dom (gr. dékomai: 9,48; 18,17; 22,17; Gn 33,10; Dt 32,11) e bendiz a Deus (1,42.64; 24,53; Sl 16,7; 34,2; 63,5; 96,2; 103,2; 134,2).

v. 29. E diz: “Agora” (gr. nûn). É o “agora” do tempo da graça, do dia da salvação (22,18.69; 2Cor 6,2). “Senhor” (gr. despótes, “mestre”, “soberano”: At 4,24; Gn 15,2.8; Js 5,14; Dn 9,15-19): é Deus quem dirige tudo. “Podes deixar partir em paz”, ou seja, deixar morrer (Gn 15,15; 46,30; Tb 11,9), livre do medo da morte (Hb 2,14s). “O teu servo” (gr. doulós, “escravo/servo”: 1,38.48; Rm 1,1; 2Co 4,5; Gl 1,10; Fl 1,1; 2,7; Tt 1,1; Tg 1,1; 2Pd 1,1; Jd 1,1; Ap 1,1), ou seja, a mim, sobre quem podes dispor, com direito de vida e de morte. “Segundo a tua Palavra” que me prometeste pelo Espírito Santo (v. 26), e de acordo com o meu desejo (cf. Gn 47,30; Nm 14,20; 1Rs 3,12). O encontro com Jesus ilumina projeta uma nova luz sobre a existência do homem e a sua morte, fazendo dela uma passagem para a eternidade.

v. 30. Depois, declara no Templo de Jerusalém declara que os seus olhos “viram a salvação” (3,6; Sl 98,3; cf. Jb 42,5; Sl 67,3). O nome “Jesus” em aramaico é Ieshuah (“Deus salva”), a palavra hebraica para “salvação”.

v. 31.”Que preparaste diante de todos os povos” (gr. laós: Is 52,10), ou seja, destinada a toda a humanidade (Is 40,5 LXX).

v. 32. A seguir, Simeão anuncia o objetivo da obra de Jesus: levar a todos os homens a “luz” (Is 9,2; At 26,18) do Evangelho que se deve “revelar às nações”, isto é, aos gentios (Is 42,6; 49,9.6; 51,4; At 13,47) e ser a “glória de Israel”, o povo de Deus (Is 4,2; 46,13; 45,25; 60,1s.19). “Glória” alude à glória divina da ressurreição de Jesus (9,26.31s; 21,27; 24,26), da qual participará o novo Povo de Deus, o novo Israel (Rm 9,6ss; Gl 6,6; Fl 3,3). Jesus é o Servo de Iavé e a salvação que será levada pelos seus discípulos a todos os povos da terra, que nele serão irmanados, sem qualquer distinção, no único povo de Deus, que participará da Sua glória. Emerge aqui de forma explícita, pela primeira vez, o tema da universalidade da salvação (2,14; 24,47; At 1,8), tão caro a Lucas.

v. 33. “Seu pai e sua Mãe” (v. 27) ficam “admirados” com o que “se diz” (particípio presente) de Jesus (1,63; 2,18.48). De facto, antes só tinha sido anunciada a missão de Jesus em relação a Israel; agora é-lhes dito que Ele será glorificado e ela se estenderá a todos os povos.

v. 34. “Simeão abençoou-os”: a Jesus, Maria e José (cf. Dt 18,5 LXX; Nm 6,23-26). Depois anuncia profeticamente a Maria a divisão que Jesus irá provocar em Israel e no mundo (cf. 4,16-30; 12,51), desvelando-lhe o seu destino: o anúncio e a obra da salvação da humanidade passarão pelo sofrimento (“a cruz”: 24,7.44.46), de modo que Jesus será “um sinal de contradição” para todos (7,23; At 28,22; Is 8,14; 28,16): para os que não acreditarem nele e o rejeitarem, será causa de queda e de ruína (como acontecerá a Jerusalém no ano 70 d.C.: Dn 11,41 LXX; Mt 21,42; Rm 9,32; 1Pd 2,7); para os que nele crerem, será fonte de “ressurreição” (gr. anástasis), de vida nova, luz e salvação (At 26,23; Rm 6,5; 1Cor 1,23). É uma alusão aos pontos fundamentais do querigma: a morte e ressurreição de Cristo e o seu anúncio a todos os povos (9,20.22; 24,26.46s; At 2,36; 4,10ss; 10,36-42; 17,3).

v. 35. Tal como o discípulo é associado à cruz (9,23; 14,27), também Maria será intimamente associada à obra do seu Filho de modo singular, único, para a vida e para morte, obra esta que “traspassará” como espada a sua alma (v. 48; Jo 19,25s.37; Hb 4,12; Sl 124,5) de dor (cf. Am 5,17) “para que se revelem os pensamentos de muitos corações” (cf. 5,22; 9,47; 16,15; 24,38; Sb 7,20; Jr 17,9s; Dn 2,22.30; 1Cor 3,13).

v. 36. A segunda figura, Ana, é toda ela simbólica. O seu nome, “Ana”, significa “graça”; e o apelido, “Fanuel”, “rosto de Deus” (Gn 32,31). em Jesus Deus mostra o seu rosto e dá a sua graça. Ela é “profetiza” (Ex 15,20; Jz 4,4; 2Rs 22,14; 2Cr 34,22; Is 8,3), ou seja, alguém que se abriu ao dom do Espírito (preanunciado para os tempos messiânicos: Jl 3,1; At 2,17s), que escuta e recebe a Palavra de Deus e a dá a conhecer aos homens. Ana é do norte Galileia, da tribo de Aser (“feliz”), a mais pequena e insignificante tribo de Israel (Dt 33,24).

v. 37. A idade de Ana também é simbólica: 7x12=84 anos, indicando 7 a perfeição e 12 o Povo de Deus. Ela é “viúva”, figura daquele Israel pobre e sofredor que se manteve sempre fiel a Iavé. Manteve-se viúva após a morte do marido (cf. Is 60,20; 61,3), ansiando, suplicando e esperando o cumprimento das promessas de Deus, “Sem se afastar do Templo” (cf. Sl 26,8; 27,4; 84,11), não porque nele pernoitasse (uma vez que as portas deste se fechavam durante a noite: cf. 21,37; Sl 134,1), mas porque vivia perto dele. “Prestando culto” a Deus (cf. Ex 3,12; 20,5; 23,25; Dt 6,13; 10,20; Js 24,14); ininterruptamente, “noite e dia” (Jt 11,37; At 20,31; 26,7; 1Ts 2,9; 3,10; 2Ts 3,8; 1Tm 5,5; 2Tm 1,3); “com jejuns e orações” (cf. 5,33; At 13,3; 14,23; Ne 1,4; Dn 9,3), uma prática regular dos judeus piedosos (Jt 8,6!), para implorar a vinda do Messias (cf. 5,33; Dn 10,3).

v. 38. Ao ver Jesus, Ana não só reconhece nele o Messias, mas põe-se a louvar a Deus (Sl 79,13; Dn 4,37) e a falar profeticamente dele “a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém” (cf. v. 25; Sl 111,19; 130,7; Is 43,1; 59,20; 63,4). A palavra “redenção” (gr. lytrosis, “resgate”: cf. v. 23) é a mesma que é usada para falar da libertação de Israel da escravidão do Egito (cf. Ex 6,6; 15,13; Dt 7,8; 2Sm 7,23) e para designar o novo êxodo, da salvação futura do povo de Deus (1,68; 24,21; Is 41,14; 43,1; 44,6.22ss; 52,3; 62,12; 63,9; Jr 31,11; Os 13,14; Zc 10,8), levado a cabo pelo Messias (Jesus: 9,31). Ana é figura do Israel fiel e pobre que, tendo posto a sua esperança em Deus, se deixa guiar pelo seu Espírito e reconhece em Jesus o Messias prometido, que depois anuncia.

v. 39. O texto conclui com um sumário da infância de Jesus. Cumpridos todos as prescrições da Lei a respeito do Menino, “voltaram à sua cidade, Nazaré” (1,26; 2,4; Mt 2,23), donde tinham partido.

v. 40: v. 52; cf. At 7,10. “Entretanto, o Menino crescia” (1Sm 2,21.26) “e fortalecia-se” (cf. 1,80; Sl 80,18; Ef 3,16; 6,10). “Enchendo-se de sabedoria” (cf. 11,31; Is 11,2; 1Cor 1,24.30; Cl 1,9; 2,3; Tg 3,17), “e a graça de Deus estava com Ele” (cf. 4,22; Sl 45,2; Sb 3,9; Jo 1,14.17), dons que vêm de Deus (cf. Tg 1,17; 3,15) e Ele possui como próprios, atestando a sua divindade.

Ler o texto outra vez... Em silêncio, escutar o que Deus diz, no segredo...

2) MEDITAÇÃO… PARTILHA… (Que me diz Deus nesta Palavra?)

a) Que frase me toca mais? b) Que diz à minha vida? c) Oração em silêncio…

d) Partilha… e) Que frase reter? f) Como a vou/vamos pôr em prática?

  • Deus ocupa o primeiro lugar, é o centro da minha vida? Como o conheci?
  • Deixo-me guiar pelo Espírito de Deus e iluminar pela Sua Palavra? Procuro crescer na sua graça?

Reconheço Jesus nos pobres e nos humildes? Anuncio-o a todos, cumprindo a missão que me foi confiada no meu batismo?

3) ORAÇÃO PESSOAL… (Que me faz esta Palavra dizer a Deus?)

4) CONTEMPLAÇÃO… (Tudo apreciar em Deus, à luz da sua Palavra)

Salmo responsorial        Sl 128, 1-5 (R. cf. 1)

Refrão:        Ditosos os que temem o Senhor,
ditosos os que seguem os seus caminhos.

Feliz de ti, que temes o Senhor
e andas nos seus caminhos.
Comerás do trabalho das tuas mãos,
serás feliz e tudo te correrá bem.      R.

Tua esposa será como videira fecunda,
no íntimo do teu lar;
teus filhos serão como ramos de oliveira,
ao redor da tua mesa.      R.

Assim será abençoado o homem que teme o Senhor.
De Sião te abençoe o Senhor:
vejas a prosperidade de Jerusalém,
todos os dias da tua vida.      R.

Pai-nosso…

Oração conclusiva:

Senhor, Pai santo, que na Sagrada Família nos destes um modelo de vida, concedei que, imitando as suas virtudes familiares e o seu espírito de caridade, possamos um dia reunir-nos na vossa casa para gozarmos as alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. T. Amen.

Ave-Maria...

Bênção final. Despedida.

5) AÇÃO... (encarnar a Palavra na própria vida e testemunhá-la, unidos a e em Cristo)

Fr. Pedro Bravo, oc