Frei Miguel do Rosário Marques, O. Carm. – 13. Dezembro. 1934 / 23. Novembro.2020

Miguel do Rosário Marques nasceu a 13 de Dezembro de 1934, na Freguesia de Santa Catarina, concelho de Caldas da Rainha, numa família numerosa. Era o mais novo dos vários irmãos.

Alguns dos seus sobrinhos, mais velhos, numa atitude de respeito para com o tio, mesmo sendo mais novo, costumavam “pedir-lhe a bênção”.

Tendo terminado o tempo da Escola Primária pediu para ser admitido ao Seminário Me­nor do Patriarcado de Lisboa, situado em Santarém, que frequentou durante dois anos.

Surgiu, entretanto, a oportunidade de vir para a Ordem do Carmo, tendo ingressado no Seminário Menor da Ordem do Carmo, na cidade de Braga, por volta do ano de 1952. Estava este Seminá­rio no segundo ano de sua fundação.

Entusiasmou-se com os estudos e, sobretudo, com a animação recreativa dos seus com­panheiros mais novos, animando-os no desempenho de várias representações teatrais.

No ano 1955/56 fez o Noviciado, tendo emitido a Profissão Simples (temporária) em 10 de Maio de 1956.

Durante o tempo de discernimento, característico do noviciado, optou por seguir a Vocação Religiosa Carmelita, renunciando aos estudos necessários para ace­der ao sa­cerdócio ordenado.

Assim, desenvolveu a sua missão religiosa e carmelita numa atitude de completa e hu­milde disponibilidade para servir os Irmãos dentro e fora da Ordem com uma simplici­dade e dedicação notáveis.

Professou solenemente na Ordem em 12 de Maio de 1959.

Foram muitas e diversas vezes que passou pelas comunidades carmelitas de Portugal: Santa Isabel (Lisboa); Braga (seminário da Falperra, seminário do Sameiro, onde cola­bo­rou na formação dos seminaristas); Fátima (na gestão da loja de objectos religiosos da Casa São Nuno); Roma, no Colégio Internacional de Santo Alberto (onde durante quatro anos prestou generosos serviços na cozinha do Colégio); e, principalmente, na Quinta da Mata, Felgueiras, cuja manutenção e entrega pastoral muito o entusiasma­va.

Sempre foi um defensor da presença dos carmelitas nesse local, distinguindo-se pela sua perso­nalidade cativante  e acolhedora de quantos se abeiravam da comunidade.

Foi declinando, a pouco e pouco, e perdendo as suas forças físicas, apesar da dedica­ção dos seus confrades e pessoas amigas, até que surgiram várias complicações que o leva­ram a necessitar de ajuda hospitalar. A doença, porém, levou-o para a vida eterna, cha­mado pelo Pai, na manhã do dia 23 de Novembro de 2020.

Paz à sua Alma!