Jesus está vivo. Ser profetas de esperança

Jesus está vivo. Ser profetas de esperança

 

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O cristão é um missionário de esperança; e não por mérito próprio mas graças a Jesus, grão de trigo que, caído em terra, morreu para dar muito fruto. Não é um arauto ou um profeta de desgraças, como se tudo tivesse terminado no calvário ou na sepultura. O essencial do seu anúncio é Jesus, que Se entregou à morte pelos nossos pecados e que Deus ressuscitou na manhã de Páscoa. Os discípulos ficaram abatidos depois da sua crucifixão e sepultura; aquela pedra, rolada contra a entrada do sepulcro, pusera termo a três anos de vida esperançosa e entusiasmante na companhia do Mestre vindo de Nazaré; parecia o fim de tudo, e alguns começavam já a deixar Jerusalém para regressar a casa. Mas Jesus ressuscitou. Este facto inesperado transformou a mente e o coração dos discípulos, uma transformação que ficará completa quando receberem a força do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Desde então, há um «extra» que habita a existência cristã, inexplicável pela simples força de vontade ou por um cego otimismo; até parece que os crentes têm, por cima das suas cabeças, «um bocado de céu» a mais, que o mundo nem sequer consegue intuir. Assim a tarefa dos cristãos neste mundo é abrir espaços de salvação, como se fossem células de regeneração capazes de voltar a fazer correr seiva vital onde tudo parecia morto e perdido para sempre. Quando o céu se apresenta todo nebuloso, é vista como uma bênção a pessoa que sabe falar do sol. Por isso o verdadeiro cristão não é lamuriento nem mal-humorado, mas sempre irradia esperança com o seu modo de acolher, sorrir e amar. A força da ressurreição irrompeu nele, convencendo-o de que nenhum mal é infinito, nenhuma noite é sem fim, nenhum homem é caso definitivamente perdido, nenhum ódio é invencível pelo amor. 

Papa Francisco, Resumo da Audiência Geral de 4 de Setembro de 2017