Segunda-feira da III Semana do Tempo Comum
Leitura (Mc 5,1-20)
Meditação
Deus não se esquece da humanidade. E Jesus é a maior prova disso mesmo. Não estamos entregues ao destino.
Os encontros de Jesus com cada pessoa concreta, nos Evangelhos, pretendem mostrar-nos o seu modo de agir com toda a humanidade. Ele veio ao nosso encontro para nos mostrar a misericórdia de Deus; não para demonstrar uma teoria sobre a divindade, mas comprovando a misericórdia como dom divino que podemos experimentar nos nossos sentidos: ver, ouvir, cheirar, palpar e saborear.
Que terá sentido aquele endemoniado geraseno, quando Jesus Se aproximou para o libertar da legião que o aprisionava? Pela primeira vez, aparece diante deste homem alguém que não o teme, mas que vê nele o lugar onde a glória e a misericórdia de Deus se manifestam. Finalmente, alguém que não o teme e que deseja libertá-lo. A libertação que Jesus oferece é o maior dom. Mesmo se os demónios suplicam a Jesus que não os atormente, para Ele é bem claro que só um objetivo pode contar: a libertação do homem que não é senhor de si. Só a determinação de Jesus pode levar ao resultado final: «viram, sentado e em perfeito juízo, o possesso que tinha tido a legião» (Mc 5,15). Finalmente, aquele homem pode ser ele mesmo.
Se a vida consagrada deseja ser testemunho de esperança para o mundo, se deseja ser verdadeiramente profética, deve seguir os passos de Jesus. Não numa fuga do mundo, supostamente para estar com Jesus, mas numa vida encarnada que se mistura com as pessoas do seu tempo. Tal como ao homem miraculado do Evangelho, Jesus pede-nos hoje que regressemos a casa, que não rejeitemos a nossa casa comum, e que aí anunciemos juntos dos nossos irmãos aquilo que o Senhor fez e continua a fazer por nós.
Oração
Rezamos com o refrão de Taizé: Qui regarde vers Dieu
(https://youtu.be/hNE9e1fglXs?si=aDWHaS5JT9BwL4LF)
Tradução:
Resplandece quem para Deus olhar: na sua face não há tristeza.
(ao ritmo do Sl 34…)
Contemplação e ação
Ao longo do meu dia, procuro viver a minha missão de compromisso com Deus, apostando na fraternidade com os meus irmãos e irmãs do mundo que me rodeia, porque Jesus me pede: «Vai para casa, para junto dos teus, conta-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti» (Mc 5,19).