Sábado da III Semana do Tempo Comum
Leitura (Mc 4,35-41)
Meditação
Cada dia da nossa vida consagrada é como uma viagem na barca dos apóstolos. Jesus está sempre lá, mas nem sempre sentimos a sua presença. Sobretudo em momentos de maior aflição, perigo e quando Ele se mantém silencioso.
Os perigos da barca podem ser, hoje, comparados a uma pandemia que assolou a humanidade – como o fez o Papa Francisco – mas também a todas as realidades que nos atormentam, desde logo neste tempo de guerras.
Como fizeram os apóstolos, quando nos vemos envolvidos pela tempestade, pela guerra, quando parece que não há solução para os perigos que enfrentamos, é hora de nos dirigirmos a Jesus, de Lhe recordarmos que a barca está em perigo e que Ele está dentro dela. Jesus não a abandona nestes momentos, mas mistura-Se com a comunidade que sofre o poder do vento e das ondas.
Diante das guerras que emergem em vários territórios, os consagrados, em nome da humanidade, apresentam hoje o seu lamento orante em forma de pergunta: «Mestre, não Te importa que pereçamos?» (Mc 4,39), como quem pergunta a Deus se deixou de Se interessar pela humanidade, de amar a sua criatura que colocou acima de todas as outras criaturas.
Jesus é a resposta de Deus. Nele o amor de Deus é palpável: «Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o seu Filho» (Jo 3,16). Jesus Cristo é a nossa paz. Ele é o fundamento da nossa esperança.
Hoje, com a liturgia, dizemos: «Se me colhe a tempestade e Jesus vai a dormir na minha barca, nada temo, porque a paz está comigo».
Oração
Rezamos com o refrão de Taizé: Frieden, Frieden
(https://youtu.be/hgBX4K9MJOU?si=X6MLdgiLFGWd8AIL)
Tradução:
Deixo-vos a paz! Dou-vos a minha paz!
Não se perturbe o vosso coração!
Contemplação e ação
Ao longo do meu dia, procuro deixar-me habitar pela paz de Cristo em todas as minhas ações.