Retiro da Família Carmelita - 24, 25 e 26 de janeiro 2025 - Fátima

Todos esperam. No coração de cada pessoa, encerra-se a esperança como desejo e expetativa do bem… Que o Jubileu seja, para todos, ocasião de reanimar a esperança! A Palavra de Deus ajuda-nos a encontrar as razões para isso

 (Papa Francisco, Bula de Proclamação do Jubileu 2025 Spes non confundit).

Sob o tema “Peregrinos da Esperança”, o Papa Francisco convocou toda a Igreja e toda a humanidade para a celebração do Ano Jubilar de 2025, inaugurado a 24 de dezembro de 2024, com a Abertura da Porta Santa da Basílica de S. Pedro. A Bula de proclamação deste Jubileu inspira-se na Carta ao Romanos, na passagem que diz: Mais ainda, gloriamo-nos também das tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência, a paciência a firmeza, e a firmeza a esperança. Ora a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Ro 5, 2-5).

Um Jubileu é uma excelente oportunidade para profundar, de numa perspetiva pessoal e comunitária, de que forma temos sido coerentes com a nossa condição de discípulos de Jesus. Fazer um retiro, escutar a voz do Espírito Santo, ajuda-nos a perceber o caminho percorrido, a etapa em que nos encontramos e as metas que nos propomos alcançar.

Foi nesse contexto e motivados não só pelo Jubileu, mas também pela comum vivência do Carisma da Ordem do Carmo, que cerca de setenta pessoas tomaram parte no Retiro da Família Carmelita que se realizou nos dias 24, 25 e 26 de janeiro, na Casa São Nuno, em Fátima. Este grupo foi maioritariamente constituído por irmãs e irmãos leigos, membros de comunidades da Ordem Terceira e das Confrarias do Carmo, oriundos de várias localidades de norte a sul do país. Participaram, também, dois frades da Ordem do Carmo e uma irmã da Congregação das Irmãs Carmelitas do Sagrado Coração de Jesus.

O retiro foi subordinado ao tema “Peregrinos da Esperança”. Desde o meio da tarde do primeiro dia até ao almoço de domingo, os participantes foram convidados a fazer espaços de oração pessoal e comunitária, celebrando juntos a Eucaristia, as orações de Laudes e Vésperas, a Adoração ao Santíssimo e recitação do Terço da Esperança.

Foram partilhadas cinco meditações com a seguintes temáticas: O que significa ser Peregrino; a Esperança na Bíblia; A Esperança Cristã como Caminho de Felicidade animado pelas Bem-aventuranças; os desafios lançados pela Bula do Jubileu; e a Vivência da Esperança inspirada pela espiritualidade carmelita. As meditações foram conduzidas pelo Frei Agostinho Castro.

Após as meditações, cada participante foi convidado a fazer um tempo de reflexão pessoal e de encontro com Jesus, com Maria, consigo mesmo e com os irmãos. Foi, também, convidado a avaliar de que forma tem vivido a sua identidade cristã e o seu compromisso como membro da Ordem do Carmo.

Ajudados pelas excelentes condições que a Casa São Nuno nos proporcionou, estes dias foram uma bela experiência de fraternidade, de oração e de compromisso com a vocação à santidade que é dirigido a todos os batizados.

Certamente, todos regressaram mais animados, mais fortalecidos e com mais vontade de “peregrinarem na Esperança” em direção ao monte da Salvação que é o próprio Jesus Cristo.