«Bem-aventurado aquele que foi achado digno de sofrer tentação!»
1º Domingo da Quaresma, Ano C, 9 de Março: As tentações
Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Lucas (Lc 4,1-13)
Jesus, cheio do Espírito Santo, regressou do Jordão e foi conduzido pelo Espírito no deserto durante quarenta dias, enquanto era tentado pelo Diabo. Não comeu nada nesses dias e, quando eles terminaram, sentiu fome. Disse-lhe o Diabo: «Se és Filho de Deus, diz a esta pedra que se transforme em pão». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: Nem só de pão viverá o homem». Então, levando-o para o alto, o Diabo mostrou-lhe, num relance, todos os reinos do mundo habitado. Disse-lhe o Diabo: «Dar-te-ei todo este poderio e a sua glória, porque me foi entregue e o dou a quem eu quiser. Se tu me adorares, tudo será teu». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto». Conduziu-o, então, a Jerusalém, colocou-o sobre o pináculo do templo e disse-lhe: «Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, pois está escrito: Ele dará ordens aos seus anjos a teu respeito para que te guardem, e ainda: eles levar-te-ão nas mãos, para que o teu pé não tropece em alguma pedra». Jesus respondeu-lhe: «Está dito: Não tentarás o Senhor teu Deus». Então o Diabo, depois de o ter tentado de todas estas formas, afastou-se dele, até que surgisse o momento oportuno.
«Não, Jesus está a dormitar enquanto a Sua pobre esposa luta contra as ondas da tentação, mas nós vamos chamá-Lo tão suavemente que Ele depressa acordará, dando ordem ao vento e à tempestade, e a calma restabelecer-se-á…» (Carta 171, 11 de Outubro, 1894).
«Agora que a tempestade passou, agradeço a Deus por vo-la ter feito atravessar, porque lemos nos nossos livros sagrados estas palavras: “Feliz o homem que sofreu a tentação” (Tiago 1,12) e ainda: “Que sabe aquele que não foi tentado?...” (Ben Sira 34,10)… De facto, quando Jesus chama uma alma para dirigir, para salvar multidões de outras almas, é muito necessário que a faça experimentar as tentações e as provas da vida. (Carta dirigida ao Padre Maurice Bellière, a 21 de Outubro de 1896).
Que plano tem Deus para mim? Confio nele e acredito no Seu amor? Que é mais decisivo para mim: a sua Palavra ou os meus projectos? Olho apenas para o meu próprio conforto, êxito, poder e vontade? Como poderei imitar o exemplo de Jesus e seguir o seu caminho?
Segunda-feira, 10 de Março: Seguindo os Santos
«Sempre desejei ser Santa...» (Ms C 2r)
«Sede santos porque Eu, o Senhor vosso Deus, sou Santo.» (Lv 19,2)
Que Santo(s) tomar como modelo? Com a minha própria personalidade, as minhas qualidades e os meus defeitos, confio a Deus os meus desejos mais profundos.
Terça-feira, 11 de Março: Fazer tudo com Ele
Jesus «faz-Se pobre para que possamos dar-Lhe esmola, estende-nos a mão como um mendigo para que no dia radioso do juízo, (…) possa fazer-nos ouvir estas doces palavras» (Cta 145).
«Vinde, benditos de Meu Pai, porque tive fome e destes-Me de comer». (Mt 25,35).
Como posso eu, na minha vocação, tomar parte na obra de Deus e estar em comunhão com a Igreja?
Quarta-feira, 12 de Março: Confiança!
«Amemos a nossa pequenez, amemos nada sentir, seremos então pobres de espírito e Jesus virá procurar-nos, por muito longe que estejamos, Ele transformar-nos-á em chamas de amor... (…) Só a confiança e nada mais do que a confiança tem de conduzir-nos ao amor». (Cta 197).
«Se não vos tornardes como crianças, não entrareis no reino dos Céus». (Mt 18,3).
Ser cristão é ter confiança no amor incondicional de Cristo. Como vivo a minha relação com Ele?
Quinta-feira, 13 de Março: Fazer voto de pobreza
«É preciso consentir em permanecer pobre e sem forças e aí está a dificuldade». (Cta 197).
«Felizes os pobres no espírito porque é deles o reino dos Céus» (Mt 5,3).
Sou capaz de abandonar aquilo que me estorva, material e psicologicamente, para O deixar tomar o Seu justo lugar?
Sexta-feira, 14 de Março: A minha pequenez é maravilhosa
«Não tenho desgosto por ver que sou a própria fraqueza, pelo contrário, é nela que me glorio, e conto descobrir em mim todos os dias novas imperfeições». (Ms C 15).
«O que há de fraco no mundo é que Deus escolheu para confundir o que é forte… » (1Cor 1,27)... Se é mesmo preciso gloriar-se, é da minha fraqueza que me gloriarei». (2Cor 11,30).
Certamente tenho numerosos defeitos e cometi pecados... Teresa recorda-me que, apesar disso, sou profundamente amado.
Sábado, 15 de Março: Esperar em grande!
«…Os nossos desejos infinitos [de santidade] não são sonhos nem quimeras, visto que o próprio Jesus nos deu este mandamento!... (Cta 107).
«Portanto, sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste». (Mt 5,48).
Tomar algum tempo para meditar o «Pai Nosso».