Terça-feira da III Semana do Tempo Comum
Leitura (Mc 5,21-43)
Meditação
A história de Jairo e da mulher com fluxos de sangue condensam em si a esperança da humanidade. Frente ao desespero de um destino cruel que se apresenta como beco sem saída, a fé em Jesus abre a porta da esperança: a doença mortal da filha de Jairo não leva a melhor porque Jesus oferece a vida, com uma palavra poderosa capaz de lhe fazer recobrar esse dom precioso que havia perdido; o toque em Jesus resolve uma vida sofrida de doze anos, para o qual a sabedoria humana nunca encontrara solução.
Jesus oferece a chave de interpretação destes dois episódios: é a fé da mulher que permite que se salve, tal como a Jairo é recomendado que tenha fé. Como define a Carta aos Hebreus, «a fé é garantia das coisas que se esperam e certeza daquelas que não se veem» (11,1). Jairo mal podia imaginar que a sua filha pudesse ultrapassar a morte, tal como a mulher tinha já esgotado todas as esperanças humanas. Com Jesus penetramos no invisível e no aparentemente impossível.
Ser consagrado é viver intensamente unidos a Jesus, numa relação de fé. Embora conscientes dos seus limites, os consagrados desejam ser, com Jesus, esperança para os seus contemporâneos. Desejam, sobretudo, ajudar a centrar a fé e a esperança em Deus, o único que pode salvar.
Oração
Rezamos com o refrão de Taizé: Retourne, mon âme, à ton repos
(https://youtu.be/Xv9Dsf-7sWU?si=Zf_ErKymYlgDwSvq)
Tradução:
Volta, ó minha alma, ao teu repouso, porque o Senhor foi generoso para contigo.
Ele preservou a minha alma da morte e enxugará as lágrimas dos meus olhos!
(cf. Sl 116,7-8; Ap 21,4)
Contemplação e ação
Ao longo do meu dia, procuro viver a minha consagração, radicada na fé que recebi e que tento que dê frutos na minha vida. O Senhor diz-me: «Basta que tenhas fé! A tua fé te salva!».