OS ESPÍRITOS MAUS
É em referência à fé constante da Igreja e à sua fonte principal – o ensinamento de Cristo – que deve ser afirmada a existência de espíritos maus. A Sagrada Escritura faz alusão a uma “queda” original de certos anjos (cf. 2Pe 2, 4). A estes espíritos maus ela dá vários nomes: Lúcifer, Belial, Belzebú e sobretudo Satã. Estes nomes estão em relação com a sua acção maléfica (Satan é o Adversário).
A existência dos espíritos maus é igualmente testada nos evangelhos (cf. Mt 25, 41; Mc 1, 13; Lc 22, 31; Jo 13, 27, etc.). Esse testemunho vem também ao encontro da experiência que fazemos de forças ocultas que podem influenciar a nossa liberdade e marcar também a vida das sociedades, tantas vezes incapazes de realizarem os seus destinos. Eles impelem o homem a desobedecer a Deus.
Enquanto os anjos bons são associados à obra de Cristo, os espírito maus, ou demónios, fazem-lhe obstáculo. No Pai Nosso, Jesus ensina aos seus discípulos a pedir ao Pai que não os exponha à tentação e que nos livre do Maligno (cf. Mt 6, 13). Entretanto o Evangelho anuncia a vitória definitiva de Cristo sobre todas as formas do mal. Por Ele a Criação é restituída à sua primeira destinação (cf. Mt 12, 28) e o homem restituído à sua liberdade de filho de Deus.