Sobre o Espírito Santo
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No dia do Pentecostes, os Apóstolos - e juntamente com eles aquela que era a primeiríssima Igreja - saíram daquele cenáculo pascal; e imediatamente se encontraram no meio do mundo sujeito ao pecado e à morte; e encontraram-se aí com o testemunho da Ressurreição (São João Paulo II).
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O Espírito Santo faz-nos habitar em Deus e Deus em nós; mas é o amor que causa tudo isto. Portanto, o Espírito é Deus enquanto amor (Santo Agostinho).
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Cinquenta dias após a Ressurreição, no Pentecostes, Jesus Cristo glorificado infunde o Espírito em abundância e manifesta-O como Pessoa divina, de modo que a Santíssima Trindade é plenamente revelada. A Missão de Cristo e do Espírito torna-se a Missão da Igreja, enviada a anunciar e a difundir o mistério da comunhão trinitária” (CIC, 731-732-738).
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Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados.
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Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem (At 2, 1-4).
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Jesus, tendo ressuscitado e subido ao céu, envia à Igreja o seu Espírito, para que cada cristão possa participar na sua mesma vida divina e tornar-se sua testemunha válida no mundo. O Espírito Santo, irrompendo na história, derrota a sua aridez, abre os corações à esperança, estimula e favorece em nós a maturação na relação com Deus e com o próximo (Papa Bento XVI).
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No dia de Pentecostes, o Espírito da promessa foi derramado sobre os discípulos, «reunidos no mesmo lugar» (At 2, 1), enquanto O esperavam, «todos […] perseveravam unânimes na oração» (At 1, 14). O Espírito que ensina a Igreja e lhe recorda tudo quanto Jesus disse (92) vai também formá-la na vida de oração (CIC, 2623).
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Mas é sempre Maria que, com a sua presença no Cenáculo, prepara os Apóstolos para o acontecimento do Pentecostes e os encoraja a “partir”. Ela anima e acompanha não apenas os missionários individualmente, mas toda a Igreja cristã a ir e a propagar o Evangelho (Cardeal Crescenzio Sepe).
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Na realidade, desde o Pentecostes a Igreja falou e rezou em todas as línguas dos homens (Papa Bento XVI).
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E digne-se o divino Espírito ouvir da maneira mais consoladora a oração que todos os dias sobe de todos os recantos da terra: “Renova em nossa época os prodígios, como em novo Pentecostes; e concede que a Igreja santa, reunida em unânime e instante oração junto a Maria, Mãe de Jesus, e guiada por Pedro, difunda o reino do divino Salvador, que é reino da verdade, de justiça, de amor e de paz. Assim seja (São João XXIII).
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Não se pode entender a vida cristã sem o Espírito Santo: não seria cristã. Seria uma vida religiosa, pagã, piedosa, que crê em Deus, mas sem a vitalidade que Jesus quer para seus discípulos. E o que dá a vitalidade é a presença do Espírito Santo em nós (Papa Francisco).
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Sem o Espírito Santo, Deus fica longe; Cristo permanece no passado; o Evangelho é letra morta; a Igreja é uma simples organização; a autoridade é um poder; a missão é propaganda; o culto, uma velharia, e o agir moral, um agir de escravos.
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Mas, no Espírito Santo, o cosmos é enobrecido pela geração do Reino; Cristo ressuscitado torna-Se presente; o Evangelho faz-se poder e vida; a Igreja realiza a comunhão trinitária; a autoridade transforma-se em serviço; a liturgia é memorial e antecipação; o agir humano é deificado (Patriarca Atenágoras).
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A vida cristã, não é uma ética: é um encontro com Jesus Cristo. E é o próprio Espírito Santo que me leva a este encontro com Jesus Cristo. Mas nós, nas nossas vidas, temos nos nossos corações o Espírito Santo como um prisioneiro de luxo: não deixamos que ele nos impulsione, não deixamos que nos movimente. Ele faz tudo, sabe tudo, sabe nos lembrar o que Jesus disse, sabe nos explicar as coisas de Jesus. Somente uma coisa o Espírito Santo não sabe fazer: cristãos de salão. Ele não sabe fazer cristãos virtuais. Ele faz cristãos reais, Ele assume a vida real como ela é, com a profecia de ler os sinais dos tempos e assim nos levar avante. É o maior prisioneiro do nosso coração. Nós dizemos: é a terceira Pessoa da Trindade e acabamos ali (Papa Francisco).
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Oração: Vinde, ó santo Espírito, vinde, Amor ardente, acendei na terra vossa luz fulgente. Vinde, Pai dos pobres: na dor e aflições, vinde encher de gozo nossos corações. Benfeitor supremo em todo o momento, habitando em nós sois o nosso alento. Descanso na luta e na paz encanto, no calor sois brisa, conforto no pranto. Luz de santidade, que no Céu ardeis, abrasai as almas dos vossos fiéis. Sem a vossa força e favor clemente, nada há no homem que seja inocente. Lavai nossas manchas, a aridez regai, sarai os enfermos e a todos salvai. Abrandai durezas para os caminhantes, animai os tristes, guiai os errantes. Vossos sete dons concedei à alma do que em Vós confia: Virtude na vida, amparo na morte, no Céu alegria.
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Oração: Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa Palavra silenciosa, mas forte e inspiradora, fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado do sentido da Santa Igreja. Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus. Dai-me um coração grande e forte para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos! Um coração grande e forte para superar todas as provações, todo o tédio, todo o cansaço, toda a desilusão, toda a ofensa! Um coração grande e forte, constante até ao sacrifício, quando este for necessário! Ó Espírito Santo, dai-me um coração cuja felicidade seja palpitar com o coração de Cristo e cumprir humilde, fiel e firmemente a vontade do Pai (Beato Paulo VI).
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Oração: Espírito Santo, vem abrir para o infinito as portas do meu espírito e do meu coração. Abre-as definitivamente e não permitas que tente fechá-las. Abre-as ao mistério de Deus e à imensidade do universo. Abre a minha inteligência às vistas inebriantes da Sabedoria Divina. Abre o meu julgamento à luz transcendente do Teu soberano julgamento. Abre a minha opinião para acolher os múltiplos pontos de vista diferentes dos meus. Abre a minha simpatia à diversidade dos temperamentos e personalidades que me cercam. Abre a minha afeição a todos os privados de amor, a todos os que reclamam por conforto. Abre a minha caridade aos problemas do mundo, a todas as necessidades da humanidade. Abre a minha actividade para colaborar com todos os que trabalham para o mesmo fim. Abre todo o o meu ser para tornar-me capaz de abraçar toda a realidade (Pe. J. Galot, S.J).
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Oração:Espírito Santo de Deus, consagro-Te hoje todo o meu ser, vontade, inteligência, memória, imaginação e afectividade. Conduz-me pelos Teus caminhos, guia-me com a Tua sabedoria para a vida plena de Jesus. Cria em mim um coração puro e humilde, mas que tenha a ousadia e o ardor dos mártires. Enche-me com os Teus dons, santifica-me com os Teus frutos. Restaura todo o meu viver, para que eu seja um canal do Teu amor. Amen.