Miguel do Rosário Marques nasceu a 13 de Dezembro de 1934, na Freguesia de Santa Catarina, concelho de Caldas da Rainha, numa família numerosa. Era o mais novo dos vários irmãos.
Alguns dos seus sobrinhos, mais velhos, numa atitude de respeito para com o tio, mesmo sendo mais novo, costumavam “pedir-lhe a bênção”.
Tendo terminado o tempo da Escola Primária pediu para ser admitido ao Seminário Menor do Patriarcado de Lisboa, situado em Santarém, que frequentou durante dois anos.
Surgiu, entretanto, a oportunidade de vir para a Ordem do Carmo, tendo ingressado no Seminário Menor da Ordem do Carmo, na cidade de Braga, por volta do ano de 1952. Estava este Seminário no segundo ano de sua fundação.
Entusiasmou-se com os estudos e, sobretudo, com a animação recreativa dos seus companheiros mais novos, animando-os no desempenho de várias representações teatrais.
No ano 1955/56 fez o Noviciado, tendo emitido a Profissão Simples (temporária) em 10 de Maio de 1956.
Durante o tempo de discernimento, característico do noviciado, optou por seguir a Vocação Religiosa Carmelita, renunciando aos estudos necessários para aceder ao sacerdócio ordenado.
Assim, desenvolveu a sua missão religiosa e carmelita numa atitude de completa e humilde disponibilidade para servir os Irmãos dentro e fora da Ordem com uma simplicidade e dedicação notáveis.
Professou solenemente na Ordem em 12 de Maio de 1959.
Foram muitas e diversas vezes que passou pelas comunidades carmelitas de Portugal: Santa Isabel (Lisboa); Braga (seminário da Falperra, seminário do Sameiro, onde colaborou na formação dos seminaristas); Fátima (na gestão da loja de objectos religiosos da Casa São Nuno); Roma, no Colégio Internacional de Santo Alberto (onde durante quatro anos prestou generosos serviços na cozinha do Colégio); e, principalmente, na Quinta da Mata, Felgueiras, cuja manutenção e entrega pastoral muito o entusiasmava.
Sempre foi um defensor da presença dos carmelitas nesse local, distinguindo-se pela sua personalidade cativante e acolhedora de quantos se abeiravam da comunidade.
Foi declinando, a pouco e pouco, e perdendo as suas forças físicas, apesar da dedicação dos seus confrades e pessoas amigas, até que surgiram várias complicações que o levaram a necessitar de ajuda hospitalar. A doença, porém, levou-o para a vida eterna, chamado pelo Pai, na manhã do dia 23 de Novembro de 2020.
Paz à sua Alma!