Comemoração de todos os Fiéis Defuntos da Família Carmelita – 15 de Novembro

Reunidos por um mesmo amor a Cristo e dedicação à Virgem Maria Mãe de Deus, os membros da Família Carmelita continuam a amar-se fraternalmente, quer estejam ainda em peregrinação na terra, quer, terminada esta peregrinação terrestre, esperem a visão gloriosa do Senhor. Por isso, todo o Carmelo unido em oração, implora a misericórdia de Deus para os irmãos e irmãs falecidos, a fim de que, pela intercessão de Nossa Senhora do Carmo, sinal de esperança e de consolação, sejam acolhidos na Casa do Pai, o Reino da Vida e da Paz. 

HINO 
Nós te rogamos, Senhor,
Pelos irmãos que morreram,
E à procura do teu rosto

À tua porta bateram. 

Recebe-os junto de Ti
Por tua grande bondade,
Teu amor os transfigure

Em divina claridade. 

Pelo sangue que na Cruz
Por todos foi derramado,
Perdoa suas ofensas,

Purifica-os do pecado. 

Lembra-te, Pai, que era frágil
O barro de que os fizeste.
Compadecido, recebe-os

Na tua glória celeste. 

Os nossos rogos aceite
O teu coração paterno.
No esplendor da luz perpétua,

Dá-lhes o descanso eterno. 

PENSAMENTOS
  • “Serão dias difíceis para si, e é possível que até chegue a pensar que algo assim não se pode suportar. No entanto, estou plenamente persuadida de que encontrará em si mesma a força necessária. Agora tem no céu uma fiel intercessora, que certamente conhece todas as suas dificuldades e cuja oração maternal há-de ser escutada com toda a segurança. Nada nos ajuda tanto a dirigir o nosso olhar até à pátria celeste, como o facto de que alguém, a quem estamos muito unidos, nos preceda”(Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein)).
  • “Se não houvesse a referência ao Paraíso e à vida eterna, o Cristianismo reduzir-se-ia a uma ética, a uma filosofia de vida. Ao contrário, a mensagem da fé cristã vem do céu, é revelada por Deus e vai além deste mundo. Acreditar na ressurreição é essencial, para que cada um dos nossos actos de amor cristão não seja efémero nem um fim em si mesmo, mas se torne uma semente destinada a desabrochar no jardim de Deus, e produzir frutos de vida eterna” (Papa Francisco).
  • “Para uma carmelita a morte não tem nada de espantoso. Vai viver a vida verdadeira. Vai cair nos braços de quem amou aqui na terra sobre todas as coisas. Vai submergir eternamente no amor” (Santa Teresa dos Andes). 
  • “Gostaria de convidar a viver esta data (Comemoração de todos os fiéis defuntos) segundo o autêntico espírito cristão, isto é, na luz que provém do Mistério pascal. Cristo morreu e ressuscitou e abriu-nos a passagem para a casa do Pai, o Reino da vida e da paz. Quem segue Jesus nesta vida é recebido onde Ele nos precedeu. Portanto, enquanto visitamos os cemitérios, recordemo-nos que ali, nos túmulos, repousam só os despojos dos nossos entes queridos na expectativa da ressurreição final. As suas almas – como diz a Escritura – já "estão nas mãos de Deus" (Sb 3, 1). Portanto, o modo mais justo e eficaz de os honrar é rezar por eles, oferecendo actos de fé, de esperança e de caridade. Em união ao Sacrifício eucarístico, podemos interceder pela sua salvação eterna e experimentar a mais profunda comunhão, na esperança de nos encontrarmos juntos, a regozijar para sempre no Amor que nos criou e redimiu” (Bento XVI, Angelus, 1 de Nov., 2009). 
  • “Que diferença imensa existe no modo de considerar a morte de um cristão e daquele que não o é! Este só encontra o vazio, o nada, o frio do túmulo. O cristão encontra o fim do seu desterro, dos seus sofrimentos, o princípio dos seus gozos eternos… Ali está o seu Pai com os braços estendidos para recebê-lo e dar-lhe a coroa. Que paz não dá isso num transe tão terrível como é o da destruição de nosso ser” (Santa Teresa dos Andes). 
PREFÁCIO DA MISSA DOS DEFUNTOS – I

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação, dar-Vos graças, sempre e em toda a parte, por Cristo, nosso Senhor. N’Ele brilhou para nós a esperança da feliz ressurreição; e se a certeza da morte nos entristece, conforta-nos a promessa da imortalidade. Para os que crêem em Vós, Senhor, a vida não acaba, apenas se transforma; e, desfeita a morada deste exílio terrestre, adquirimos no céu uma habitação eterna. Por isso, Por isso, com os anjos e os arcanjos, os tronos e as dominações e todos os coros celestes, proclamamos a vossa glória, cantando numa só voz: Santo, Santo, Santo…

PRECES

Oremos a Cristo, Nosso Senhor, que há-de transformar o nosso corpo miserável à semelhança do seu Corpo glorioso, e aclamemo-l’O dizendo: Senhor, Vós sois a ressurreição e a vida.

– Cristo, Filho de Deus vivo, que ressuscitastes de entre os mortos o vosso amigo Lázaro, ressuscitai para a vida e para a glória os defuntos que redimistes com o vosso Sangue. Senhor, Vós sois a ressurreição e a vida.

– Cristo, consolador dos aflitos, que, na morte de Lázaro, do jovem de Naim e da filha de Jairo, acorrestes compassivo a enxugar as lágrimas dos seus parentes e amigos, consolai também agora os que choram a morte dos seus entes queridos. Senhor, Vós sois a ressurreição e a vida.

– Cristo, Redentor do mundo, olhai com bondade para aqueles que não Vos conhecem e vivem sem esperança, para que também eles acreditem na ressurreição dos mortos e na vida futura. Senhor, Vós sois a ressurreição e a vida.

– Senhor, que enviastes o Anjo a confortar o vosso Filho na agonia do Horto, fazei-nos sentir o conforto da esperança na hora da nossa morte. Senhor, Vós sois a ressurreição e a vida.

– Vós que permitis a destruição da nossa morada terrestre, concedei-nos a eterna morada do reino dos Céus. Senhor, Vós sois a ressurreição e a vida.

ORAÇÃO CONCLUSIVA

Senhor, glória dos fiéis, concedei o descanso eterno aos nossos irmãos e irmãs defuntos, a quem nos une o mesmo Baptismo e a mesma vocação no Carmelo, para que, tendo seguido a Cristo e sua Mãe, possam contemplar-Vos para sempre como seu Criador e Salvador Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amen. 

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